Sempre, na fronteira, algo começa a existir no mesmo espaço e tempo em que algo não deixou de existir completamente. Elo e continuidade, limite e disperssão... A contradição é sua essencialidade, assim como é também a nossa, de cada ser humano. Em cada gesto do homem está a origem e a disperssão de si.
Em cada olhar convivem o Eu e o Outro simultaneamente no mesmo ser. Em cada palavra está o passado e o futuro atualizados na memória e na promessa do verbo. E mesmo no silêncio que faz o homem está a sugestão do discurso, da mensagem gestada.
A fronteira é a realidade do homem que se constrói no diálogo que estabelece com o mundo. Do homem que começa a se fazer presente, embora nunca tenha chegado a se ausentar.
Luís Henrique da S. Novais
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